Vontade de me juntar às estrelas.
Deixar essas receitas de bolo que nunca dão certo e calças
que nunca servem para trás. Esquecer frutas estragadas e vontades súbitas de
rasgar os pulsos. Flores mortas (por minha culpa) e dor de estômago. Ansiedade,
semáforos, vontade de vomitar, joelhos ralados e sapatilhas que machucam o pé.
Mas isso significa deixar sorvete de menta e passagens de
ônibus para trás também. Abandonar papéis de carta cor de rosa, citações do
pequeno príncipe e o som de trompetes.
Chás com bolhas, festas surpresas, conselhos de horóscopos, filmes
com a Marilyn Monroe, lanches de geleia de amora com pasta de amendoim e
músicas que eu nem ouvi ainda (noites que se tornam manhãs e amigos que se tornam
família). Significa deixar meia dúzia de sardas em outras cidades para sempre.
Que lindo. Só não deixe a poesia.
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